Hoje quero partilhar convosco a minha paixão pela terapia psicomotora em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo. De facto é a minha área predileta, a qual escolhi para a minha especialização e tema de dissertação de mestrado. Por isso, hoje apenas deixo aqui um excerto de um livro que li do autor Robison (2007) para refletir... Ao ler este relato é possível não só compreender um pouco estas crianças, como nos permite claramente compreender a necessidade e importância da psicomotricidade. Em cada palavra encontramos um sentido que nos diz muito... e um ensinamento...
“Para mim era
inconcebível que pudesse haver mais de uma maneira de brincar na lama (…). Por
exemplo, eu servia-me da concha de cozinha da minha mãe para cavar uma vala.
Depois, alinhava cuidadosamente uma fila de cubos azuis. Eu nunca misturava a
comida e nunca misturava os cubos. Os cubos azuis iam junto dos azuis e os
cubos vermelhos dos vermelhos. Mas o Doug intrometia-se e punha um cubo
vermelho em cima dos azuis. Ele não percebia que isso era errado? Depois de lhe
ter dado as chapadas, sentei-me outra vez a brincar. Correctamente.”
(Robison, 2007,
p.25)