segunda-feira, 1 de maio de 2017


Aranhas equilibristas

Descrição: As aranhas equilibristas são um conjunto de 10 aranhas de cor castanho-escuro, com enchimento de areia granulada e lavada (colocada dentro de um saco de plástico), seis patas e dois olhinhos. Algumas aranhas são mais pesadas do que outras, dependendo do tipo de areia que serve de enchimento. Podem ser pisadas pelas crianças, que procuram o equilíbrio através de ajustes posturais, caminhando sobre elas. Também podem ser lançadas, pontapeadas, transportadas sobre a cabeça, delimitar espaços, entre outras funções.

Objetivos (áreas que trabalha): As Aranhas equilibristas foram desenvolvidas principalmente para trabalhar o equilíbrio, através de exercícios de marcha sobre elas. Também ajudam a melhorar a coordenação óculo-manual, quando são utilizadas em lançamentos. Trabalham a estruturação espacial, quando são utilizadas para delimitar espaços. Dependendo das atividades realizadas, devido à sua versatilidade, as aranhas equilibristas têm como objetivo trabalhar diversas áreas psicomotoras.
Propriedades
Tamanho
Peso
Principais características
Diâmetro de 15cm
Patas com comprimento de cerca de 9,5cm
Entre 250g e 490g (cada aranha)
Atrativas; versáteis na sua utilização; originais.

Composição: feltro, linhas, lã, areia granulada e lavada, sacos de plástico, olhinhos.


sexta-feira, 24 de junho de 2016


Cubo de AVD’s


Descrição: Trata-se de um recurso pedagógico e terapêutico, em formato de cubo, que em cada face contém uma tarefa: 1 – cinco botões para abotoar e desabotoar; 2 – dois fechos para abrir e fechar; 3 – quatro bolsos para abrir e fechar (dois com fecho de velcro e dois com fecho de molas); 4 – atacadores para enfiar nos furos e para executar a laçada (atacador direito branco e atacador esquerdo preto para facilitar a aprendizagem utilizando o contraste das cores); 5 – sete colchetes para apertar; e 6 – duas fivelas para apertar e desapertar.


Objetivos (áreas que trabalha): O Cubo de AVD’s é ideal para a aprendizagem das atividades da vida diária importantes para o autocuidado e autonomia do aluno. Trabalha também as competências de praxia fina de uma forma diferente, divertida e exploratória. Pode ser lançado ao chão, para que a criança selecione de modo aleatório a tarefa a realizar, despertando a sua curiosidade e colocando-lhe desafios.

Propriedades

Tamanho
Peso
Principais características
O Cubo de AVD’s tem 24cm de aresta.
600g
Leve; colorido.



Composição: feltro, esponja (para o enchimento), linhas coloridas, velcro, molas, colchetes, fivelas, botões, atacadores (de duas cores), fechos.

domingo, 12 de junho de 2016

Patorras

Estou de volta! Após um longo período de pausa que se justifica por uma mudanca de morada para outro país, estou de regresso para partilhar convosco mais um pouquinho do meu trabalho.

Hoje quero-vos apresentar um recurso que eu criei (com a ajuda do meu pai) durante a realizacao da minha dissertacao e que adotou o nome de "PATORRAS". As Patorras ja foram testadas em criancas com idades entre os 4 e os 12 anos e devo dizer-vos que, felizmente, funcionaram em todas as faxas etárias :D



Descrição: As Patorras são semelhantes a umas andas com o formato de uns ténis. Têm uma fivela de velcro e são abertas na frente, o que permite que sejam ajustadas a qualquer pé, com diferentes tamanhos. Têm uma base antiderrapante. As patorras provocam uma marcha a uma elevação superior e mais pesada à de uma marcha normal, onde a criança tem que executar uma passada de maior comprimento e ajustar a sua postura de forma a procurar estabilidade e equilíbrio.


Objetivos (áreas que trabalha): As Patorras foram desenvolvidas para trabalhar principalmente o equilíbrio estático e dinâmico, a postura, a coordenação motora e planeamento motor. O ato de calcar as patorras proporciona também o contacto com uma AVD (apertar atacadores).

Propriedades
Tamanho
Peso
Principais características
Altura: 9cm
Comprimento: 34cm
Largura: 13cm
1,350kg (cada patorra)
Antiderrapantes; ajustáveis a diferentes tamanhos do pé; originais.

Composição: feltro, linhas, atacadores, espuma antiderrapante, esponja, barrote (madeira), velcro.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Reflexao - PEA

Hoje quero partilhar convosco a minha paixão pela terapia psicomotora em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo. De facto é a minha área predileta, a qual escolhi para a minha especialização e tema de dissertação de mestrado. Por isso, hoje apenas deixo aqui um excerto de um livro que li do autor Robison (2007) para refletir... Ao ler este relato é possível não só compreender um pouco estas crianças, como nos permite claramente compreender a necessidade e importância da psicomotricidade. Em cada palavra encontramos um sentido que nos diz muito... e um ensinamento...

“Para mim era inconcebível que pudesse haver mais de uma maneira de brincar na lama (…). Por exemplo, eu servia-me da concha de cozinha da minha mãe para cavar uma vala. Depois, alinhava cuidadosamente uma fila de cubos azuis. Eu nunca misturava a comida e nunca misturava os cubos. Os cubos azuis iam junto dos azuis e os cubos vermelhos dos vermelhos. Mas o Doug intrometia-se e punha um cubo vermelho em cima dos azuis. Ele não percebia que isso era errado? Depois de lhe ter dado as chapadas, sentei-me outra vez a brincar. Correctamente.”

(Robison, 2007, p.25)


sábado, 20 de julho de 2013

Jogo Educativo

Hoje vou apresentar aqui uma sugestão que eu própria criei. Trata-se de um jogo educativo, com peças iguais de pesos diferentes. O objetivo é que a criança distinga a peça mais pesada da mais leve e a coloque no respetivo lugar, seguindo a simbologia visível no próprio jogo. Se alguém estiver interessado em obter um jogo igual pode encomendar através de: arpereira.psico@gmail.com.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

As TIC como recurso terapêutico e educativo

Em Portugal o Decreto-Lei n.º3 de 7 de Janeiro de 2008, no artigo 22.º do Capítulo IV, define TA como “(…) dispositivos facilitadores que se destinam a melhorar a funcionalidade e a reduzir a incapacidade do aluno, tendo como impacte permitir o desempenho de actividades e a participação nos domínios da aprendizagem e da vida profissional e social.”

As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) são uma importante ferramenta, quer no contexto educativo, quer no contexto terapêutico, que podem ser enquadradas nas TA.

Hoje deixo-vos um pequeno exemplo de imagens de exercícios que podem ser elaborados com recurso ao Software EDILIM. Neste caso foram também utilizados pictogramas (elementos da CAA).

Se alguém quiser exemplos de exercícios elaborados no EDILIM para jogar no computador pode escrever mensagem a solicitar, pois aqui apenas publico imagens das respetivas atividades.

 O objetivo desta tarefa é associar as palavras, que estão no meio, ao seu contexto. Estas devem ser arrastadas com ajuda do rato.
 Esta atividade é semelhante à anterior, no entanto apenas são utilizadas palavras.
 Esta atividade também é semelhante às anteriores, no entanto apenas são utilizados pictogramas/imagens.
 O objetivo desta tarefa é que a criança desenhe, no lado direito, uma figura igual à da esquerda. Também existe a opção de realizar a imagem em simetria.
 Aqui, a criança simplesmente deverá selecionar as palavras que estão dentro das caixas e arrastá-las de modo a completar as frases.
 Este exercício trata-se de um jogo de associação entre cores e frutos (grafemas).
 Este exercício é semelhante ao anterior, no entanto foram utilizados pictogramas/imagens.
 O objetivo desta tarefa é levar a criança a conhecer o dinheiro representado por pictogramas/imagens, através de um jogo de associação imagem-palavra.
 Nesta atividade a criança deverá selecionar a/as imagem/ens que representam a palavra que está por cima das imagens. Sugestão: de modo a tornar a atividade mais complexa podem ser utilizas imagens de diferentes borrachas.
 Trata-se de um exercício de escolha múltipla, de associação da imagem ao grafema.
 Aqui a criança deverá arrastar as palavras em direção aos animais correspondentes.
 Esta atividade trata-se de um exercício de sequência temporal. O objetivo é ordenar as ações seguindo a sua sequência cronológica ao longo do dia.
 Aqui está representado um exercício de sopa de letras. A transparência das imagens aumenta quando a palavra é encontrada.
 Este é um exemplo de um puzzle. Pode ser elaborado com mais ou menos peças. Também é possível modificar a forma das peças.
Esta atividade é uma boa escolha para ensinar e aperfeiçoar a aprendizagem das horas. A criança pode modificar os ponteiros do relógio livremente ou responder a questões específicas, como por exemplo: Aparece: "10:30h" e a criança deverá representar as referidas horas no relógio.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Atividades Psicomotoras na 3.a Idade

Aqui deixo mais alguns exemplos de actividades desenvolvidas com idosos.

1- Actividades de envolvem o trabalho do equilíbrio dinâmico.

 a) Caminhar sobre a linha com um pé à frente do outro.


 b) Caminhar sobre as pegadas colocadas uma à frente da outra. Este exercício não exige apenas boa capacidade de equilíbrio mas também capacidade de reconhecimento de direita e esquerda (corresponder o pé direito à pegada direita e corresponder o pé esquerdo à pegada esquerda).



 2- As actividades com molas estimulam a praxia fina, a atenção e concentração e a criatividade.



3- As actividades de encaixe, para além de estimularem também a praxia fina, trabalham a associação de formas e tamanhos. Estas actividades quando são realizadas com pessoas cegas trabalham a estimulação sensorial.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atividades PM na populacao idosa

Depois de algum tempo sem publicar nada partilho convosco algumas das actividades que estou a desenvolver nas minhas sessões de psicomotricidade com os idosos.

Para trabalhar a praxia fina temos exemplos como:

1) Apertar e desapertar botões

2) Enfiar atacadores numa tira com furos


3) Colocar feijões dentro de um copo

4) Enfiar carrinhos de linha num atacador

Para o equilíbrio fiz umas pegadas de esponja que por si só já provocam algum desequilíbrio


Caso trabalhem num local onde exista pouco material podem fazer pequenas bolas com balões e areia (podem fazer variações com areia mais ou menos granulada) que podem servir para treino de coordenação óculo-manual (lançar as bolas a arcos, alvos, cestos, etc) ou ainda para estimulação táctil e praxia fina.


Caso não tenham reparado muitos dos materiais utilizados nestas actividades são materiais que os idosos utilizam ou já utilizaram no dia-a-dia como os carrinhos de linhas, os feijões, os botões, os atacadores. Ou seja são materiais que eles conhecem bem e que de alguma forma potencializam as actividades do dia-a-dia no sentido de os tornar mais autónomos (apertar os botões das camisas; atar os atacadores dos sapatos; etc.)
Brevemente publicarei novas actividades que tenho desenvolvido nas minhas sessões de psicomotricidade assim que tire novas fotos ao material. Relembro que muitos dos materiais utilizados podem ser feitos por nós!

domingo, 16 de outubro de 2011

Psicomotricidade em Meio Aquático

Psicomotricidade no meio aquático para bebés, crianças com e sem deficiência e jovens com deficiência

A água tem sido aproveitada recreacionalmente e também como forma de tratamento por pessoas com e sem deficiência (Willig et. al (s.d.).
Acredita-se que a experiência aquática é uma actividade bastante expressiva no desenvolvimento global de bebés e crianças, já que lhes proporcionam vivências e experiências diferenciadas das realizadas em terra (Willig et. al (s.d.).
A intervenção terapêutica no meio aquático é um modo de acompanhar o desenvolvimento global da criança com deficiência, com perturbações do desenvolvimento ou em situação de risco, particularmente no seu desenvolvimento psicomotor, perceptivo-motor, afectivo e social (Marques, 2009).

Propriedades de água

O meio aquático como todos os contextos é um espaço de ambivalência e de contradição de sensações e emoções. É um espaço de contenção, num envolvimento fluido e contínuo, que permite o abandono e a entrega a um contacto sensorial táctil e contínuo. Por outro lado, é também um espaço de aventura e exploração, reflectindo o efeito do movimento e da presença do corpo, na relação consigo próprio e com os outros (Matias, 2010).
O envolvimento aquático possui propriedades que lhe são inerentes e cujo aproveitamento tem-se revelado de grande interesse na reabilitação da pessoa com deficiência. A água provoca uma diminuição dos efeitos da força de gravidade sobre o corpo, sendo assim necessário um menor esforço ao nível muscular (Marques, 2009).
As propriedades da impulsão da água oferecem assistência (a água permite uma grande liberdade de movimentos), resistência (permite à criança controlar, corrigir ou adaptar os seus movimentos) e suporte (a criança pode aprender a sentar-se ou a andar, até mais cedo que em meio terrestre) (Marques, 2009).

Benefícios da Psicomotricidade no meio aquático

A psicomotricidade no meio aquático proporciona sensações de prazer e de bem-estar físico, emocional e social na criança (Marques, 2009).
Observam-se igualmente efeitos positivos ao nível cardíaco, respiratório, metabólico e circulatório (Marques, 2009).
                Matias (2010) apresenta os benefícios da psicomotricidade no meio aquático em quatro áreas distintas.
Na área motora a psicomotricidade no meio aquático promove: o desenvolvimento do esquema corporal; o desenvolvimento de um equilíbrio muscular; o aumento do repertório motor; o desenvolvimento da coordenação geral e segmentar; o desenvolvimento simétrico dos vários eixos envolvidos no movimento; a prevenção de desvios posturais e de atrasos psicomotores, a reabilitação terapêutica e o relaxamento (Matias, 2010).
Na área emocional - social a psicomotricidade no meio aquático promove: o aumento da auto-confiança; a aprendizagem da regulação das emoções; a socialização, a comunicação entre a criança e o adulto e a exploração activa, no sentido de uma conduta mais independente (Matias, 2010).
Na área cognitiva favorece: a exploração activa; o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas; a aprendizagem construtiva, mediada pelo adulto; a estimulação da concentração e a experimentação de novos desafios (Matias, 2010).
Por fim na área visual e auditiva a psicomotricidade no meio aquático possibilita: o desenvolvimento da sensibilidade de contraste; o desenvolvimento da capacidade de diferenciação de cores; o desenvolvimento da percepção da noção de profundidade e distância; o desenvolvimento da capacidade de localização auditiva de objectos ou acontecimentos e o desenvolvimento da discriminação das características dos sons (Matias, 2010).

Foto tirada na Formação "Psicomotricidade em Meio Aquático na 1.ª Infância" organizada pela entidade "Associação Portuguesa de Psicomotricidade" (Junho de 2011).

Referências Bibliográficas:


Marques, M. (2009). Programa de Intervenção Psicomotora em Meio Aquático. Centro de Apoio Pedagógico do Funchal.

Matias, A. R. (2010). Psicomotricidade no Meio Aquático na Primeira Infância. Associação Portuguesa de Psicomotricidade. Cascais: Tuttirév Editorial.


Willing, R. M.; Palma, L. E.; Lehnhard, G. R.; Manta, S. W.; Perazzollo, L. U.; Borgmann, T. & Torres, A. P. C. (s. d.). Estimulação Essencial Motora Aquática para Bebés e Crianças com Deficiência. Universidade Federal de Santa Maria, Brasil. 1-7.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Actividades Psicomotoras: Tonicidade e Relaxamento

Actividade: “Relaxamento pelo toque”

Descrição: Inicialmente a criança coloca-se em posição de pé, de olhos fechados. O técnico massaja suavemente os membros superiores, inferiores, as costas, o pescoço e a cabeça através do toque leve. Posteriormente inclina o tronco da criança, 30-40º para a frente e massaja levemente as costas. Em seguida deita a criança no colchão e novamente massaja os membros, e a cabeça. Ao terminar coloca uma manta por cima da criança, que continua de olhos fechados. O relaxamento é realizado ao som de uma música de relaxamento.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Relaxamento, noção do corpo, estimulação sensorial.
Material: Colchão, manta, música de relaxamento.
Critérios de Êxito: Conseguir manter um tonos relaxado com o progredir da actividade e conseguir manter os olhos fechados.


Actividade: “Mãos e pés”

Descrição: O técnico coloca imagens de pegadas e mãos, feitos em cartolina, no chão e a criança terá que realizar o percurso colocando as mãos direita ou esquerda e pés direito ou esquerdo no local correcto.
Objectivo/Áreas a trabalhar: dissociação de membros; reconhecimento de direita-esquerda; coordenação motora; noção do corpo, estruturação espacio-temporal; atenção; concentração e tonicidade.
Material: pegadas e mãos de cartolina (quantidade à escolha do técnico)
Critérios de êxito: Conseguir colocar as mãos e/ou os pés no local correcto; conseguir reconhecer os membros direitos e esquerdos.


Actividades Psicomotoras: equilíbrio, lateralidade, praxia global e praxia fina

Actividade: “Quadrado Rítmico”

Descrição: Existe um quadrado gigante no chão dividido em quadrados. Cada quadrado representa uma actividade rítmica e/ou de dissociação de movimentos. O técnico desloca-se nos quadrados e executa as actividades descritas neles. Posteriormente a criança terá que repetir essa ordem de actividades rítmicas deslocando-se nos respectivos quadrados.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Ritmicidade; dissociação de membros; estruturação espacio-temporal; praxia global; memória; coordenação motora
Material: 1 quadrado gigante (constituído por 9 quadrados com actividades rítmicas e/ou de dissociação de membros)
Critérios de Êxito: Conseguir realizar os movimentos com ritmo; realizar os movimentos dissociando os membros superiores dos membros inferiores; e conseguir memorizar a sequência de actividades realizadas pela técnica e reproduzi-la.


Actividade: “Macaquinho do chinês”

Descrição: Esta actividade é realizada em grupo. As crianças colocam-se em fila horizontal no fundo da sala encostadas à parede. Uma das crianças fica do outro lado da sala e deverá voltar-se de costas e dizer em voz alta “um, dois, três, macaquinho do chinês”. Enquanto ela está voltada de costas, as outras crianças deverão avançar em direcção a ela a correr ou caminhar. Quando ela se voltar para os colegas eles têm que ficar imobilizados no sítio onde estão. Se algum se mexer terá que voltar para a parede (sítio onde começou o jogo). O técnico observa quem se mexe e arbitra o jogo. Quem tocar primeiro na parede onde se encontra a criança que conta “um, dois, três, macaquinho do chinês” vence o jogo.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Capacidade de reacção, imobilidade, equilíbrio e cumprimento de regras.
Material: Não necessita. Apenas é necessário um espaço amplo.
Critérios de Êxito: Conseguir reagir rapidamente ao estímulo para parar e conseguir ficar imóvel, sem se mexer e sem se desequilibrar. 



Actividade: “Percurso Psicomotor”

Descrição: Forma-se um percurso com peças quadradas de várias cores. O percurso pode ser alterado pelo técnico, visto que cada peça quadrada é construída separadamente e une-se à seguinte por fita de velcro. Cada cor do quadrado significa uma actividade psicomotora, como por exemplo “percorrer 3 metros ao pé-coxinho”. A criança lança um dado e conforme o número que sair assim terá que avançar nas casas. Pode ser jogado individualmente ou em grupo.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Equilíbrio, praxia global, estruturação espácio-temporal.
Material: 10 quadrados de cores diferentes (por exemplo de plástico); fita de velcro, números de 1 a 10 para colar nos quadrados; 6 cones, 1 bola de basquete, 6 esponjas, fita colorida de 5 cm de largura e fita métrica.
Critérios de Êxito: Conseguir atribuir o número de casas a avançar ao número que sair no dado; conseguir realizar as acções correspondentes a cada cor.


Actividade: “Jogo das latas”

Descrição: Colocam-se várias garrafas ou latas de refrigerantes vazias em forma de pirâmide vertical ou horizontal, por exemplo. O objectivo é que a criança derrube as latas ao lançar uma bola de ténis. Poderá variar-se o número de latas em jogo, assim como a distância de lançamento. Esta actividade poderá ser praticada em equipas de modo a desenvolver competição e cumprimento de regras.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Coordenação óculo-manual, praxia fina, concentração, atenção e cumprimento de regras.
Material: Várias garrafas ou latas de refrigerantes, uma bola de ténis e fita colorida.
Critérios de êxito: Conseguir realizar preensão manual na bola; conseguir realizar um movimento coordenado e eficiente. 



Actividade: “Lançar arcos ao pino”

Descrição: Coloca-se um pino no chão ou em cima de uma mesa, a uma distância ajustada da criança. A criança terá que lançar os arcos de forma a acertar no pino. Esta actividade também poderá ser praticada em grupo.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Coordenação óculo-manual, praxia fina, concentração, atenção e cumprimento de regras.
Material: Vários arcos e um pino.
Critérios de êxito: Conseguir realizar a preensão manual nos arcos; conseguir realizar um movimento coordenado e eficiente.


Actividade: “A bola e o cesto”

Descrição: Dois a dois, colocam-se frente a frente, a uma distância de 3 a 5 metros. Um coloca um cesto por cima da cabeça, e o outro terá que lançar bolas de esponja (do tamanho de bolas de ténis) para dentro do cesto. A criança que colocar o cesto na cabeça poderá deslocar-se no espaço de modo a apanhar as bolas, mas não poderá tirar o cesto de cima da cabeça.
Objectivos /Áreas a trabalhar: Cooperação, relação de inter-ajuda, coordenação óculo-manual, praxia global, atenção e concentração.
Material: Várias bolas de esponja e cestos (quantidade varia com o número de participantes).
Critérios de êxito: realizar um lançamento coordenado, de modo a encestar a bola; deslocar-se no espaço com o cesto na cabeça com o objectivo de cooperar com o colega de equipa.




Referências Bibliográficas: 
De Meur, A. & Staes, L. (1984). Psicomotricidade: Educação e reeducação. São Paulo: Editora Manole.

Actividades Psicomotoras: Noção do corpo e estruturação espácio-temporal

Actividade: “Montar o puzzle ao som de música de relaxamento”

Descrição: A sala deve estar silenciosa e com um ambiente confortável. O puzzle deve conter uma imagem do interesse da criança e o número de peças deverá adequar-se à idade e características da criança. A criança deverá montar o puzzle com as orientações espaciais correctas ao som de uma música relaxante. Para montar o puzzle a criança deverá ter uma imagem de referência igual à do puzzle em si.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação espácio-temporal; relaxamento, coordenação visuo-manual; memória; concentração e atenção.
Material: Puzzle de esferovite, cartão com imagem de referência, música de relaxamento.
Critérios de Êxito: Conseguir construir o puzzle mantendo a sua orientação espacial correcta; memorizar a imagem de referência do puzzle; conseguir manipular manualmente as peças do puzzle e adquirir um tonos relaxado ao longo da realização da tarefa. 


Actividade: “Construir um horário semanal”

Descrição: A criança deverá elaborar um horário de actividades e acções que irá desenvolver ao longo da semana. Esta actividade permite à criança organizar-se no seu dia-a-dia, evitando momentos de ansiedade tão elevados perante situações novas e evitando também esquecimentos. Esse horário deverá andar sempre com a criança por exemplo no caderno da escola e poderá também ser colocado por exemplo no frigorífico (local visível).
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação temporal, organização sequencial e diminuição da ansiedade.
Material: Folha de papel ou cartão
Critérios de Êxito: Conseguir elaborar o horário estruturado tendo em consideração a sequência das acções e a sua duração; e conseguir cumprir as tarefas dentro dos horários estabelecidos.




Actividade: “Constrói o corpo humano”

Descrição: São dadas à criança peças correspondentes a partes anatómicas do corpo humano. A criança terá que juntar as peças de modo a formar o corpo humano.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Noção do corpo, praxia fina, estruturação espacial e lateralidade.
Material: Partes anatómicas do corpo humano.
Critérios de Êxito: Conseguir ligar as partes anatómicas umas às outras formando o corpo humano; conseguir realizar a preensão manual nas peças; e conseguir colocar as peças correctamente tendo em conta a sua orientação espacial.


Actividade: “A estátua”

Descrição: O técnico realiza uma determinada posição corporal e a criança, frente a frente com o técnico, terá que a reproduzir em espelho.
Esta actividade poderá também ser realizada com cartões: a criança retira um cartão do saco e em seguida terá que reproduzir a figura que consta nesse cartão.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Noção do corpo, equilíbrio, estruturação espacial, atenção e concentração.
Material: Saco e vários cartões com figuras humanas.
Critérios de êxito: Conseguir realizar corporalmente a figura, fazendo a transposição da imagem representada no cartão ou do técnico para movimentos corporais; conseguir manter o equilíbrio durante a representação corporal.


Actividade: “O teu corpo usa”

Descrição: O técnico apresenta diversos objectos e a criança terá que associá-los a uma parte anatómica do seu corpo (exemplo: óculos à olhos).
Objectivos/Áreas a trabalhar: Noção do corpo, memória, atenção, concentração.
Material: Cartões com objectos e cartões com partes anatómicas do corpo humano.
Critérios de êxito: Conseguir discriminar qual a parte anatómica do corpo que está associada ao objecto apresentado.


Actividade: “Constrói o teu corpo”

Descrição: A criança deita-se sobre papel de cenário e o técnico com um lápis contorna o seu corpo, de modo que fique estampado o perímetro do corpo da criança no papel de cenário. Em seguida a criança deverá preencher o seu corpo com materiais à escolha: pintar, colar papel de lustro, colar tecidos, lãs, folhas, ramos ou outros materiais da natureza, recortes de revistas, etc.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Noção do corpo, praxia fina, estruturação espacial e lateralidade.
Material: papel de cenário, lápis, cola e materiais à escolha: papel de lustro, marcadores, folhas de árvores, ramos, flores, tecidos, lãs, missangas, etc.
Critérios de Êxito: conseguir distinguir as partes anatómicas: membro superior direito e esquerdo, membro inferir direito e esquerdo, tronco, pescoço, cabeça, olhos, nariz, boca, etc.; conseguir desenhar as partes anatómicas em falta, como por exemplo os olhos, na devida orientação espacial. 


Actividade: “Que estás a fazer?”

Descrição: A criança retira um cartão, de um saco, que contem representado um determinado movimento. No chão encontram-se cartões que representam objectos utilizados durante acções. A criança terá que associar o respectivo movimento ao objecto.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Noção ao corpo, competências sociais, comunicação não verbal, estruturação espacial, atenção e concentração.
Material: Cartões representativos de movimentos e objectos.
Critérios de êxito: Conseguir associar um determinado movimento a uma acção do dia-a-dia.


Actividade: “Completa a figura simétrica”

Descrição: A criança deverá completar a figura, orientando-se pelas quadrículas, de modo a que a figura fique simétrica do lado esquerdo e direito.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Praxia fina; orientação espacial; coordenação óculo-manual; atenção e concentração.
Material: Metade de um desenho que seja simétrico impresso numa folha quadriculada.
Critérios de êxito: Conseguir fazer a preensão no lápis; conseguir desenhar as partes do desenho com as devidas proporções e orientação espacial correcta; e conseguir fazer um traçado sem sinais disfuncionais (exemplo: ausência de linhas trémulas ou sobrepostas).


Actividade: “Que faço a seguir?”

Descrição: O técnico apresenta várias imagens à criança em cartões que ela terá que ordenar segundo uma sequência temporal.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação espácio-temporal, competências sociais e promoção das actividades da vida diária.
Material: Cartões com imagens de acções.
Critérios de êxito: Discriminar as acções e organiza-las no tempo.


Actividade: “Labirintos”

Descrição: O objectivo consiste em conseguir seleccionar ou descobrir o caminho certo para chegar ao fim do percurso.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Praxia fina; orientação espacial; coordenação óculo-manual; atenção e concentração.
Material: Labirintos em papel ou labirintos desenhados no chão com fita colorida ou giz.
Critérios de êxito: Conseguir realizar a preensão manual no lápis e traçar uma linha sem sinais disfuncionais (exemplo: ausência de tremores ou linhas sobrepostas); e conseguir realizar uma orientação espacial adequada de modo a encontrar o caminho certo.


Actividade: “Palavras cruzadas”

Descrição: Desenha-se um mapa no chão com quadrados plastificados feitos de cartolina. Colocam-se cartões dentro de um saco com palavras que irão preencher o mapa desenhado no chão. A criança retira um cartão do saco e terá que identificar qual o local do mapa correspondente à palavra que retirou. Posteriormente deverá escrever no local correcto a palavra, tendo em atenção que cada letra deverá permanecer num único quadrado.
Nota: Como o percurso é plastificado, ao escrever com marcador é possível limpar as palavras escritas para voltar a reutilizar.
Objectivos/Áreas a trabalhar: praxia fina, atenção, concentração, memória, estruturação espacial.
Material: vários quadrados em cartolina plastificados; um marcador, cartões com palavras.
Critérios de êxito: conseguir fazer corresponder a palavra ao espaço que lhe corresponde no mapa; e conseguir escrever a palavra tendo em consideração o tamanho das letras e que cada letra deverá ser escrita num único quadrado.


Actividade: “Que horas são?”

Descrição: Com fita colorida o técnico monta um relógio gigante no chão, mas sem ponteiros. Em seguida o técnico refere uma hora (exemplo: 9:30h) e dá dois ponteiros de cartolina à criança: um pequeno que representa as horas e um maior que representa os minutos. A criança terá que colocar os ponteiros no devido lugar de modo a representarem as horas indicadas pelo técnico.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação espacial, estruturação temporal, praxia fina, atenção, concentração e memória.
Material: Fita colorida; números de 1 a 12 em cartolina e 2 ponteiros em cartolina: um maior e outro mais pequeno.
Critérios de êxito: Conseguir percepcionar a instrução verbal do técnico e expressá-la, colocando os ponteiros do relógio no local correcto; realizar a distinção entre o ponteiro das horas e o ponteiro dos minutos.


Actividade: “Salta letras”

Descrição: O técnico constrói no chão um alfabeto (letras em círculos). Posteriormente retira de um saco um cartão que contém uma categoria (exemplo: cores, animais, profissões, objectos, etc.). As crianças, uma de cada vez, terão que formar palavras correspondestes a essa categoria correndo de letra em letra.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação espácio-temporal; coordenação motora; apoio à língua portuguesa; concentração e atenção.
Material: 23 círculos com letras de “A” a “Z”; cartões com categorias e um saco.
Critérios de êxito: Conseguir identificar palavras correspondentes à categoria seleccionada; conseguir identificar ordenadamente as letras que compõem a palavra; e conseguir orientar-se no espaço.


Actividade: “Círculos numéricos”

Descrição: O técnico coloca no chão vários círculos com diversos números à escolha. Em seguida o técnico refere oralmente um problema de cálculo (soma, subtracção, divisão, multiplicação). As crianças terão que efectuar o cálculo mentalmente e dirigir-se a correr para o círculo que contém o número correspondente ao resultado. As 3 crianças que chegarem primeiro recebem 2 pontos e as restantes recebem 1 ponto. No final a criança que obtiver mais pontos vence a prova. Esta actividade poderá ser jogada individualmente, sem competição.
Objectivos/Áreas a trabalhar: Estruturação espácio-temporal, coordenação motora, cálculo mental, memória, atenção e concentração.
Material: Círculos com números (à escolha do técnico).
Critérios de êxito: Conseguir realizar o cálculo mental, apresentando um raciocínio rápido e eficaz; conseguir orientar-se no espaço de forma rápida e coordenada até ao círculo que contém a resposta ao cálculo. 


Actividade: “Figuras imaginárias”

Descrição: O técnico coloca diversos materiais à escolha, aleatoriamente pelo chão. Em seguida pede à criança que imagine por exemplo um triângulo e o desenhe no chão, com giz, tendo em conta que os vértices deverão coincidir com um objecto.
Objectivos/ Áreas a trabalhar: Estruturação espacial; praxia fina; apoio à matemática; atenção, concentração e imaginação.
Material: Vários objectos à escolha, giz.
Critérios de êxito: Imaginar a figura geométrica referida pelo técnico; conseguir representá-la no solo, considerando que os vértices devem coincidir com os objectos.





Referências bibliográficas: 

De Meur, A. & Staes, L. (1984). Psicomotricidade: Educação e reeducação. São Paulo: Editora Manole.